quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Comer, Rezar, Amar


Acabei de ler o livro Comer, Rezar, Amar, da Elizabeth Gilbert. Ainda não assisti ao filme, e não sei se vou assistir, porque geralmente acabo me decepcionando, quando já li a história antes.

Mas o que eu queria comentar, era uma passagem do livro, que me chamou a atenção. A autora/protagonista, durante a sua estadia em Roma, na primeira etapa de sua viagem, começa a fazer um exercício de se perguntar a si mesma que ela quer fazer, de coração.
À primeira vista, me pareceu um questionamento bem simplório. Mas a idéia ficou martelando na minha cabeça e, no dia seguinte, comecei a exercitar essa pergunta. Era um sábado ensolarado e me perguntei, “o que quero fazer, de verdade?”, e fiquei lá, parada, tentando escutar o que meu coração dizia. E para minha surpresa, não escutei nada! Cheguei a pensar que ele era mudo!
Na hora que eu fiz a pergunta para eu mesma, enquanto meu coração ficava lá, quietinho no canto dele, minha mente já começou a disparar um monte de respostas, uma para cada direção, analisando qual idéia era a melhor, cada uma com prós e contras, daí ela me lembrava que as idéias eram todas boas, mas que eu tinha que ir no supermercado, que tinha que arrumar meu guarda-roupa, e tudo quanto era compromissos.
Dei-me conta de que a mente é uma grande tagarela, e que fala bem alto. E que é preciso acalmar ela até quase silenciá-la, para poder escutar o que o seu coração realmente quer. Por que acho mesmo que o coração conhece os segredos das coisas que pode te fazer feliz. E geralmente, são coisas bem mais simples do que se pode imaginar, ou melhor, pensar.
E se o objetivo é buscar esse silêncio, o melhor caminho, é o da meditação. As pessoas costumam ter uma falsa idéia do que seja a meditação, achando um exercício um tanto quanto místico, e estranhando a idéia de uma pessoa sentada em posição de lótus, com dois dedos unidos em cada mão, recitando mantras. Mas na verdade, é apenas um corpo estático, concentrado num som, tentando silenciar a mente. Esse é o objetivo central.
Para o exercício da meditação, que já aviso, pede disciplina e vontade, existem algumas técnicas, “truques” e dicas, que podem ajudar.  Confesso, que ainda estou tentando, buscando, um caminho para conseguir o silêncio, então, não tenho a resposta, nem o segredo do “sucesso”. Mas aprender a meditar é percorrer um longo caminho, e o importante é estar na trilha certa.
A certeza, é o que o final da trilha parece mesmo um lugar fantástico.
Boa caminhada,
Naira.

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